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Foto do escritorDouglas Perez

Direção Espiritual, um caminho para a vontade de Deus

Você sabe o que é a direção espiritual? Esta prática está presente na vida da Igreja desde tempos antigos, como um meio de encontrar a Deus e crescer na vida de santidade.

O que é a direção espiritual?

Esta direção pode e deve ser um processo de transformação do ser humano a exemplo da pessoa de Cristo. Uma transformação tanto do seu interior (exercício da alma) e de seu comportamento exterior. Ela consiste na “arte de conduzir as almas progressivamente desde os começos da vida espiritual até o cume da perfeição cristã”. (Royo Marín)

 

Quem pode (ou precisa) fazer direção espiritual?

·         Quem deseja amadurecer na fé;

·         Quem quer crescer na intimidade com Deus

·         Quem busca uma vida de santidade

·         Quem não quer caminhar sozinho ou pelas próprias concepções

 

Quem pode (ou deve) ser este diretor espiritual?

·         De preferência, um sacerdote;

·         Pode também ser alguém mais maduro na fé com estado de vida já definido em vivendo-o plenamente;

 

Estes pontos são importantes uma vez que o diretor espiritual costuma ser auxílio para o discernimento da vocação e também de correspondência constante à vontade de Deus.

 

A preferência pelo sacerdote

 

Tudo o que diz respeito à nossa vida espiritual enquanto cristãos católicos, está diretamente ligado à um sacerdote, nele, encontramos mais facilmente aquilo que Cristo deixou para a nossa santificação: O ministério eucarístico e o sacramento da penitência.

 

Durante seu papado, São João Paulo II aconselhava a Igreja de que “é preciso redescobrir a grande tradição do acompanhamento espiritual pessoal, que sempre deu tantos e tão preciosos frutos, na vida da Igreja.”

 

Os santos como baluartes da direção espiritual

 

Grandes santos da Igreja nos dão este exemplo da vida espiritual guiada por um diretor, dentre eles: Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz, Santo Inácio de Loyola, São João de Ávila, São Francisco de Sales, Santo Afonso de Ligório dentre outros.

 

São Pedro de Alcântara, por exemplo, foi diretor espiritual de Santa Teresa d’Ávila e o principal responsável de sua reforma no Carmelo.

São Cláudio Colombiere. Foi diretor de Santa Margarida Alacoque, a vidente do Sagrado Coração de Jesus, responsável por propagar a devoção.

A fecundidade da vida de São Domiingos Sávio, aquele do lema “Antes morrer que pecar”, se deu graças ao seu santo diretor espiritual, São João Bosco.

 

Quanto olhamos para a vida de Santa Faustina Kowalska, religiosa polonesa que teve revelações de Jesus sobre a Misericórdia Divina, percebemos a sua extrema fidelidade à Direção Espiritual. Ela rezava pedindo ao Senhor este auxílio de encontrar um Diretor que a ajudasse a corresponder à vontade de Deus. Escreveu em seu diário (n. 145):

“desde o momento em que o Senhor me deu um diretor espiritual, sou mais fiel à graça. Graças ao diretor espiritual, e à sua vigilância sobre a minha alma, conheci o que é a direção espiritual e como Jesus a considera. Jesus me repreendia pela menor falta e fazia-me sentir que Ele mesmo julga as coisas que eu apresento ao confessor.”

 

Se os santos passaram por esta via da direção espiritual, nós também podemos passar a fim de sermos aquilo que Deus sonha de nós. E você, já encontrou o seu diretor?

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