Já estamos próximos do tempo da quaresma, um tempo de conversão e meditação sobre nossa vida com Deus, onde a Igreja nos convida a aproximarmos mais de Deus por meio do jejum, da esmola e da oração.
A penitência e o sacramento da confissão são muito presentes nesse tempo litúrgico, e para uma confissão bem feita, um ótimo caminho é conhecer quais pecados existem, a fim de aprofundar nosso exame de consciência.
Quando vemos o que a Igreja ensina sobre o pecado, temos que observar uma grande diferença entre a gravidade de um pecado e suas consequências.
Os pecados
Um pecado mortal é configurado por ser de matéria Grave, isto é, observado dentro dos 10 mandamentos.
Para que haja pecado grave, é necessário também que o indivíduo tenha plena consciência e pleno consentimento para fazê-lo.
Ou seja, basta que o indivíduo saiba que é algo errado, mesmo que seja intrínseco na moralidade natural, por exemplo, todos sabem que matar alguém é errado, mesmo que a pessoa não seja católica, esse conhecimento já é suficiente em si para a plena consciência.
O CONSENTIMENTO É: praticar tal feito, sabendo que é errado.
Já o pecado venial, pode ser descrito como faltas mais leves, aquelas cotidianas, que embora não são obrigatórias de se levar a confissão, é muito louvável que o faça.
As consequências dos pecados mortais são severas. Um só pecado mortal afasta a alma de Deus, o torna como nosso inimigo, o afastamos e novamente o crucificamos. Cada pecado mortal são novos flagelos em Jesus, como os soldados romanos o fizeram.
Além disso, o fiel fica gravemente obrigado a se confessar, e não pode entrar em comunhão até o fazer, e isso com arrependimento, isto é, a intenção de nunca mais cometer um pecado mortal.
Se comungamos em pecado mortal, essa comunhão torna a dar um beijo traidor como o de Judas, como, São Paulo diz: "Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor." (ICor 11,27)
DICA: Conheça a virtude da mortificação (Assista o vídeo abaixo)
Os pecados veniais não impedem o fiel de comungar, mas, apesar de leve, um pecado é uma ofensa a Deus.
Quanto mais leves são, mais fáceis são de se cometer e com mais facilidade se acumulam, levando a alma a tibieza e a outros estados de espírito que podem favorecer o pecado grave. Se um pecado grave é como um flagelo ou um prego em Cristo, um pecado venial é como um xingamento, ou maus pensamentos como os fariseus o faziam.
Portanto, devemos sempre nos afastar de todo pecado, contudo lembrando que somos seres humanos, São João dizia: “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.” (IJo 1,8)
A Eterna misericórdia de Deus
Ter consciência de nossos pecados é fundamental, mas esta consciência deve ser posta sob a ótica da esperança na Misericórdia Divina.
“Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade.” (IJo 1,9)
Portanto, vamos com coragem ao tribunal da confissão, onde Jesus mesmo nos espera para perdoar nossos pecados!
"O Reino dos Céus é dos violentos" (Mt 11,12), façamos pois, violência contra o pecado e contra o demônio. Mesmo que pareça que estamos "arrancando" um membro de nosso corpo, pois o pecado é assim.
A Igreja sempre recomenda fazer um exame de consciência guiado pelos 10 mandamentos para uma boa confissão. Temos vários exemplos na internet, procure e se confesse, pois Deus lhe espera.
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