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Vivendo as 7 dores com Maria

Toda Quaresma, vivemos com Jesus esse deserto, esse processo de morte do homem velho para nos revestirmos do homem novo na Páscoa. Porém, não podemos deixar de esquecer de uma figura muito importante que nos auxilia, que intercede por nós e nos inspira nessa vida de santidade: Maria, Nossa Mãezinha.

O convite, neste texto, é que possamos também neste tempo refletir sobre as dores de Maria. Sim, ela, mãe do Salvador, teve uma vida de dores, vida de sofrimentos, mas sempre confiante nos planos de Deus para Ela. Vamos juntos refletir cada uma das dores de Nossa Senhora.


1) PROFECIA DE SIMEÃO (Lc 2, 34-35)


Maria ao apresentar Jesus no templo recebeu uma profecia: Que ela teria uma espada transpassada no seu coração, por causa do seu filho. Que pessoa ao ouvir essas palavras se decidiria pela via da dor? Se você soubesse que ao ir pelo caminho X iria sofrer, você iria mesmo assim?

Pois é isso que aprendemos com Nossa Senhora nessa 1 º dor: a termos obediência acima de tudo, mesmo na dor, seguirmos confiantes aos planos do Pai.


Mãe, nos ensina a sermos obedientes a vontade de

Deus assim como a Senhora foi!


2) A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mt 2, 13-21)


Imagine essa cena: ter que fugir por saber que estão procurando para matar seu filho, seu bebezinho que acabara de nascer. E, por isso ter que ir para uma terra estranha, ter que largar sua família, amigos, sua casa, seus costumes. Isso exigiu um desapego da Mãe pelas coisas terrenas e focar inteiramente nas coisas da Eternidade. Ela poderia ter se desesperado, mas ela decidiu ir com alegria confiando que o Senhor iria cuidar de tudo.


Mãe, nos ensina ao desapego das coisas do mundo para que possamos

nos doar inteiramente pelas coisas do Céu.


3) A PERDA DO MENINO JESUS NO TEMPLO (Lc 2, 41-51)


Nesta dor podemos sentir a aflição de Maria ao não achar o Menino Jesus. Devido a sua preocupação de mãe, ela esqueceu-se por um instante que Jesus é o Filho de Deus e deveria estar ocupado com as coisas do Pai, como o menino relembra a ela. E mesmo sem entender direito aquilo que Jesus falava, Ela não entendeu a resposta como malcriação do seu filho, e então ela guardou tudo no coração, onde habitava seu amado esposo, Espirito Santo, pois sabia que não cabia a ela entender, e sim entregar tudo ao Pai com confiança.


Maria, nos ensine seu silêncio e a colocar todas as coisas

no coração entregando e confiando tudo a Deus.




  1. Encontro com Jesus caminhando para morte (Lc 23, 27-31)

Se aproximava a hora da crucifixão e Maria viu ali seu filhinho, carregando uma cruz pesada, tratado como criminoso, sendo condenado por pecados que ele não tinha cometido. Ela naquele momento poderia parar tudo, poderia evitar aquele sofrimento.

Porém mais uma vez, ela suportou tudo por amor. Jesus ao olhar para a sua Mãe em meio toda aquela dor, sentiu a força dela, e assim se fortifica e é consolado apenas por olhar de Maria, sabendo que ela ficaria ali em cada passo seu, o confortando em qualquer situação.


Mãe, fique conosco em todas nossas cruzes e nos ajude a

suportar cada dor no silêncio e no amor.


  1. A morte de Jesus na Cruz (Jo 19, 25-27)

Toda mãe que perdeu um filho não consegue mensurar a dor, muitas não conseguem dar andamento para as próprias vidas. E o que faz Maria ao ver seu filho morto de um jeito tão brutal? Se revolta contra Deus? Começa a proclamar injúrias e mentiras do seu Senhor? NÃO! Ela acolhe toda aquela dor, aquela espada perfurando seu coração e entrega ao Pai. Olha o que nos diz Santo Afonso:


"A Virgem não cessava de oferecer à Divina Justiça a vida do Filho pela nossa salvação. Por aí vemos o quanto cooperava pelos seus sofrimentos para fazer-nos nascer à vida da graça. E se nesse mar de mágoas, que era o coração de Maria, entrou algum alívio, então este único consolo foi certamente o animador pensamento de que, por suas dores, cooperava para nossa eterna salvação".


Mãe, nos ensina a ser fiel ao Projeto do Pai

mesmo dia às dores, perseguições e sofrimentos.


6. Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz. (Mt 27, 55-61)


Jesus morto é colocado nos braços da sua mãe, transfigurado, irreconhecível devido a flagelação sofrida.

Quanta dor experimentamos em nossas vidas, quantas flagelações sofremos, na nossa família, nos nossos trabalhos, porém lembremos que quando estivermos transfigurados pela dor, que deixemos que ela nos acolha em seus braços.

Ela (Maria) é humana como cada um de nós, sofreu muito em Sua vida e por isso também quer nos ajudar em nossa dor. Essa tão devota Mãe que ficou com seu filho em cada passo, quer fazer o mesmo por mim e por você.


Mãe nos ensina a contar contigo e nos coloque em seu

colo de Mãe.




  1. A sepultura de Jesus (Lc 23, 55-56)

Maria ali vendo seu filho sepultado, depois de todo o caminho da cruz, um inocente sendo morto pela Salvação do seu povo. Ainda ia passar a humilhação de ser sepultado como um qualquer, um criminoso. Imagina a dor e humilhação também da Sua Mãe ao ver essa cena? Mas Maria sabia que nenhuma humilhação era maior que a Glória que o Pai tinha reservado a Ela e toda humanidade. Apesar de qualquer dor que ela tenha vivido, ela ficou até o último momento seguindo a Vontade do Pai, com humildade amor e no silêncio.


Mãe nos ensina a aceitar a todas as humilhações

com humildade e alegria.


Que caminho de dor que Nossa Senhora por sua vida! Porém, o objetivo de meditá-los não é ficarmos tristes, mas sim nos alegrarmos pela Graça de termos uma tão pura e forte Mãe, que assim como sofreu as dores de Jesus sofre também com as nossas. Que recorramos a Nossa Mãezinha para nos mantermos fortes as situações de nossa vida e sempre nos manter fiel à Deus!


Giovanna Muñoz

Vocacionada do Discipulado II

Comunidade Católica Instrumento de Deus


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