Estamos vivendo alguns dias de aprofundamento com a Palavra de Deus neste mês de setembro. E hoje queremos partilhar um pouco sobre a perseverança.
No evangelho deste dia, vemos os homens de Nazaré que só olham para o filho de José o carpinteiro e não conseguem reconehcer a divindade de Jesus.
Você pode acompanhar esta leitura no livro de Lucas, capítulo 4 versículos de 16 a 30.
Lembrando que este texto complementa a meditação de nossa cofundadora, Camila Araujo, sobre este evangelho, que você pode acompanhar no vídeo abaixo, ou clicando aqui e escolhendo sua plataforma favorita.
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Jesus nos ensina que muitas vezes nós também não seremos acolhidos, seremos desprezados pelos nossos, por nossos conterrâneos, familiares. Assim como foi com o próprio Jesus neste evangelho.
E nós, o que devemos fazer diante disso? A resposta é muito simples, basta olharmos para o que Jesus fez!
O Cristo pode não ter insistido muito nos discursos de conversão para aquele povo, não ficou insistindo em convence-los de que Ele era o Messias. Jesus manteve sua missão dentro daquilo que era a vontade do Pai. Jesus fez aquilo que era próprio para Ele fazer: Morrer na Cruz.
Como a Camila nos recordou nesta reflexão, Jesus morreu por todos. Quer aceitem e acreditem, quer condenem e diminuam Jesus à um personagem da história da humanidade. A verdade é que Ele, ainda assim, ofertou sua vida para a salvação de todos.
Por isso, o nosso desejo com a salvação das almas precisa ser maior do que toda esta rejeição. Nosso sentido é, e precisa sempre ser maior. Não podemos desistir porque o próprio Jesus não desistiu.
Quando falamos sobre perseverar pelos nossos, não falamos sobre perseverar com nossas próprias forças, gastar-se insitindo. Mas vivendo, sendo aquilo que precisamos ser diante deles, rezando, intercedendo.
Atualmente o Papa Francisco está fazendo uma catequese maravilhosa a respeito do Zelo Apostólico (a paixão pela evangelização), e em sua primeira catequese, nos trouxe uma belíssima leitura sobre a missão evangelizadora da Igreja, quando diz que
"evangelizar não é o mesmo que fazer proselitismo (...) para que não fique fechada em si mesma, mas seja extrovertida, testemunha contagiosa de Jesus - a fé também se contagia - destinada a irradiar a sua luz até aos extremos confins da terra."
E o santo padre explica que esta paixão, esta fé contagiante não nasce do proselitismo (ou seja, propagar um ideal, um simples converter à religião), nasce do pelo olhar. O Papa fala sobre o olhar que Jesus tinha para cada pessoa, cada pecador com quem ele jantava, que ele perdoava, que ele curava, que ele ia visitar. Jesus sempre disparou um olhar.
E nos traz um questionamento: Como você olha o outro?
Muitas vezes, cansados com o árduo trabalho de evangelizar os nossos (sejam filhos, parentes, pais, amigos, etc), o nosso olhar perde esta paixão, porque perde o sentido. O nosso olhar para o outro torna-se mais sobre a vida que o outro leva do que sobre o maravilhoso encontro que ele pode ter com Jesus.
Jesus não foi prosélito para a vida daqueles que não acolheram sua mensagem. Jesus foi Cristo para a vida deles. Cumpriu também para eles a sua missão.
Que a nossa perseverança pelos nossos não seja um esforço cansativo, ou agonizante. Nem mesmo uma tentativa pela nossa força. Mas uma experiência de amar o outro olhando para a vida dele, aconlhendo, intercedendo. Sendo Cristo - ou seja - muitas vezes, morrendo no que for preciso pelo outro.
Se Cristo perseverou por continuar acreditando nas nossas vidas, nós podemos perseverar em oração, acreditando naquilo que o Senhor, somente, pode fazer na vida dos nossos.
Um exercício prático para o dia de hoje após esta reflexão:
Faça uma lista de pessoas que você não consegue ter contigo na igreja ainda, e para cada pessoa desta lista você vai responder:
- Como eu olho para esta pessoa?
- Quais motivos ela tem (porque me deu não porque eu julgo) de ela não querer seguir a Jesus?
- Como eu devo me portar enquanto cristão diante desta pessoa?
Depois de responder estas perguntas sobre cada pessoa, reze nestas intenções, peça o auxílio do Espírito Santo, reze por cada uma delas. E transforme isso num exercício constante.
Graça e Paz!
Comunidade Católica Instrumento de Deus
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