“¹¹E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, ¹²com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, ¹³até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. ¹4O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. ¹5Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. ¹6Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.” Efésios 4,11-16
Nesta passagem fica claro para nós a nossa essência, ao que nós fomos chamados: a viver esta maturidade e Santidade, para que o Corpo de Cristo seja edificado. Aquele que chegou ao pleno conhecimento de Cristo é o homem perfeito e Santo. Porém, o eu real foi corrompido e nos distanciamos desta plenitude, desta maturidade que Deus nos dá.
Vou falar dos nossos tempos de hoje, o quanto através de tantas coisas que a sociedade nos impõe, temos dado muita ênfase na tal autenticidade, estamos ocupados em colocar máscaras sobre a nossa face para disfarçar o nosso eu e com isso vamos nos distanciando cada vez mais desta maturidade.
“Mas, se eu lhe disser quem sou, você pode não gostar, e isso é tudo que tenho” (John Powell). Ficamos neste pensamento com medo e como crianças sendo levadas de um lado para o outro e somos a todo momento induzidos ao erro.
E quando nos tornamos esta criança, e ficamos neste processo imaturo temos dificuldades em vários pontos da nossa vida e relações, tais como:
- Dificuldade em ter Misericórdia com outro;
- Não aceita ser corrigido, se torna algo difícil, e faz birra como uma criança;
- Fecha-se em suas lutas e dores nas situações da vida;
- Não sabe lidar com os desafios;
- Não sabe se autoconhecer (limites, fraquezas, ...);
- Afetividade desordenada;
- Desequilíbrio e inconstâncias;
- Carência;
- Falta de paciência e responsabilidade;
- Desproporção entre o muito que se deseja e o pouco que se é capaz de realizar.
Por um outro lado existe aqueles que se encontram nesse processo de busca da maturidade. Em viver essa plenitude da busca da santidade, em que podemos destacar aqui:
- Ele peca, mas logo se arrepende;
- Ele erra, mas sabiamente procura se corrigir;
- Ele tem suas tristezas, mas é capaz de transformar a dor em amor;
- Conhece e sabe lidar com suas limitações e fraquezas;
- Afetividade ordenada;
- Equilíbrio e firmeza interior;
- Harmonia entre o pensar, querer e agir;
- Serenidade no viver;
- Viver as Virtudes;
- Ter abertura ao outro.
Como é importante viver este processo do autoconhecimento, de voltar para esta essência, de entendermos o porquê fomos criados, pois só assim poderemos buscar esta maturidade, que é uma graça de Deus, e também o mais importante depende da nossa busca, da abertura do nosso coração, em mergulharmos em todas essas características que nos tornam imaturos e reconhecer cada uma delas em nós mesmos e iniciar o nosso processo de amadurecimento. De fato, Deus nos chama a morrer para este homem imaturo que habita em nós e a trilhar esse caminho de liberdade interior, que requer de nós reconhecer as nossas próprias experiências, superar os nossos impulsos, ter domínio de si próprio, ter certo aquilo que é real e vencer o orgulho e o egoísmo.
“Sinto muito, mas é assim que eu sou... Fui sempre assim, sou assim agora e serei para sempre...” é um lema fácil e um engano que você pode recorrer se não quiser crescer, a decisão é sua, qual caminho você vai seguir?
Referências:
Curso Maturidade Humana – Comunidade Católica Shalom
Livro Porque tenho medo de lhe dizer quem sou? John Powell editora crescer
Christianne Marcelino
Consagrada de Vida
Comunidade Católica Instrumento de Deus
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