Ser jovem em qualquer época sempre foi uma tarefa difícil.
Jovens são aqueles que não se conformaram com questões pré-estabelecidas e por isso acaba sendo marginalizados por sua visão alem do tempo. São os que possuem uma criatividade enorme, porque estão inseridos em vários meios sociais ao mesmo tempo, os que conseguem se adaptar mais facilmente a novas realidades e varias outras características que nos fazem ser “diferentes”.
Estamos vivendo um momento de transição, nos deparamos com novas situações todos os dias e precisamos nos acostumar e responder rapidamente as demandas diárias. Ser jovem já é difícil, imagine jovem cristão católico.
Somos diariamente bombardeados por influencias externas que tentam impor a nos o que é certo, o que devemos vestir, e ate qual faculdade escolher, e mesmo com a dificuldade escolher, recebemos uma critica pela escolha. O que fazer com tudo isso? Como posso professar minha Fe? Como mostrar ao mundo quem sou? Como ir contra a maré? Como fazer a diferença? Como falar de religião no meio social em que só querem saber de beber e fumar?
Perguntas que frequentemente nos fazemos e a resposta nunca vem fácil, a sociedade nos impõe muitos estereótipos de ”ser jovem”, mas eu, por exemplo, não me identifico com nenhum deles. Temos encontrado uma juventude que são militantes de sofá, querem fazer a diferença apenas pelas redes sociais. Quantas vezes já vi discussões horríveis em grupos de whatsapp e pessoalmente as pessoas nem se falaram, ou discussão por whatsapp entre pessoas que estavam no mesmo cômodo. Que momento è esse que estamos vivendo que ninguém acha isso um absurdo? Por que ninguém questiona isso?
Por essas questões o papa Francisco no sínodo dos jovens nos exortou “Sejam jovens em caminho olhando o horizonte, não o espelho ou sentados no sofá. (…) Encontrem a si mesmos fazendo, indo em busca do bem, da verdade e do belo” O papa nos pede para que possamos olhar alem, alem do nosso umbigo, dos nossos celulares, alem do nosso tempo.
Essas questões trazidas ate aqui vão muito alem de religião, mas nos afeta, jovens cristãos católicos, diretamente por que estamos inseridos na sociedade e fazemos parte dela. O papa ainda nos diz “Não deixem, queridos jovens, que os fulgores da juventude se apaguem na escuridão duma sala fechada, onde a única janela para olhar o mundo seja a do computador e do smartphone. Abri de par em par as portas de sua vida! Que seus espaços e tempos sejam habitados por pessoas concretas, relações profundas, que deem a possibilidade de compartilhar experiências autênticas e reais em seu dia-a-dia”.
Por isso hoje convido a você, jovem católico, que se encontra inserido em uma sala de aula, no trabalho, no grupo de amigos, na rede social, na família em todos os lugares precisamos SER, precisamos ESTAR, precisamos ESCUTAR, AMAR, ou seja, precisamos ILUMINAR, tudo aquilo que perdeu sentido, que virou escuridão, precisamos questionar o que nos esta sendo ditado, a igreja nos chama a sair, a ir ao encontro daqueles que se acomodaram, que nem conhecem Jesus, daqueles que vivaram as costas para tudo, desistiram da vida. Jesus nos chama a preparar os caminhos para a sua volta. Aqui estamos senhor para ir aonde muitos não conseguem e ser a diferença!
Nicolle Marcondes
Vocacionada
Comunidade Católica Instrumento de Deus
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