“O quanto é desafiador viver concretamente a Igreja Doméstica dentro desta vida louca que vivemos em nossa cidade, em nossa sociedade, muitas vezes temos vontade de guarda-los em uma bolha, evitar convivências que possam depositar em suas mentes certas ideologias e outros modos de compreender nossa existência nesta vida. Mas acima de tudo devemos exercitar nossa fé e acreditar que quem nos ensina a educa-los nessas diversidades é o próprio Deus e que Maria e José nos ajudam nesta caminhada.”
Como falar de educação nesses tempos em que vivemos? Sabemos que cada família tem uma organização própria, uma rotina estabelecida pela necessidade social dos pais, suas concepções, profissões e realidades.
Porém quando falamos para famílias que buscam criar seus filhos dentro da fé católica, essas e tantas outras buscam de alguma forma um indicativo de como conduzir esta educação.
Não existe formula mágica e ideal para todas, existem orientações que encontramos principalmente na palavra de Deus e nos documentos da igreja. Essas orientações também não são validadas se não forem vividas primeiramente pelos pais, ou seja, o adulto que é exemplo e espelho para esta criança, que esta formando seu caráter.
Nossos filhos devem ser nossa prioridade, devemos gastar tempo com eles. Só conseguimos educa-los se estivermos constantemente na presença deles, por isso é uma atividade que exige observação e atuação, e antes de tudo um abandono de si mesmo, meu desejo passa a ser nossos desejos, meu bem estar passa a ser nosso bem estar, o que falo, o que faço, o que assisto deve ser bom para todos da família, o meu servir passa a ser o nosso servir, o meu momento de rezar virá a nossa oração.
Não somos perfeitos, erramos muito neste caminho, porém reconhecer diante deles nossas fragilidades nos une cada vez mais, e isso de forma alguma tira a autoridade dos pais como se acreditava antigamente, onde o autoritarismo do pai reinava na família. Mas o que tenho plena certeza que vivermos com nossa família em Cristo com certeza nos trará mais acertos do que erros durante seu crescimento.
Devemos acolhe-los e traze-los para perto, conquista-los e esse é um grande desafio em cada idade, pois cada fase pede atitudes e vivências particulares, mas a base desenvolvida na família desde o nascimento, e isso inclui os sacramentos que a nossa igreja nos oferece, esse impacto do tempo e da vida se torna mais leve.
Pensamos que quando damos tudo o que eles querem ou aceitamos muitas vezes seus comportamentos distorcidos, ganhamos eles para nós, mas na verdade vale muito mais o que somos e significamos para eles. “Os filhos precisam sentir um santo orgulho dos pais pela sua grandeza, pela sua maneira correta de agir, de falar, de lhes tratar, de se dedicar a eles. Sem isso não é possível educá-los bem” ( Professor Felipe Aquino, Consagrado da Comunidade Católica Canção Nova)
O quanto é desafiador viver concretamente a Igreja Doméstica dentro desta vida louca que vivemos em nossa cidade, em nossa sociedade, muitas vezes temos vontade de guarda-los em uma bolha, evitar convivências que possam depositar em suas mentes certas ideologias e outros modos de compreender nossa existência nesta vida. Mas acima de tudo devemos exercitar nossa fé e acreditar que quem nos ensina a educa-los nessas diversidades é o próprio Deus e que Maria e José nos ajudam nesta caminhada.
Para a construção de pessoas que saibam escolher entre o bem e o mal, essas devem em algum momento se depararem com essa diversidade, até mesmo questionar e com uma base solida, alicerçada na fé bem vivida no seio familiar saber fazer suas próprias escolhas, neste momento consideramos que a semente do amor de Deus e seus preceitos começam a germinar nesta vida, e são eles que agora levaram o Reino de Deus a outras instâncias.
O papel dos pais na educação dos filhos é tão importante e é quase impossível substituí-los. “Na família, comunidade de pessoas, deve-se reservar especialíssima atenção à criança, desenvolvendo uma estima profunda pela sua dignidade pessoal como também um grande respeito e generoso cuidado pelos seus direitos” (Cf. Exortação Apostólica nº 100/2003).
Precisamos ter um olhar mais afinado para as necessidades inatas de nossas crianças, ao tentarmos inseri-los neste contexto, que aparentemente é do adulto, falar de fé, doutrina, usando recursos próprios para cada idade.
Livros, músicas, histórias com linguagens adaptadas, nos dias de hoje temos muitos materiais para EVANGELIZAÇÃO INFANTIL, bíblias, terços, bonecas de santas e santos, vamos oferecer mais livrinhos ilustrados de histórias bíblicas, mais desenhos bíblicos e da vida de santos e santas, mais fantasias de santos e santas, mais revistas, gibis, programas de canais católicos para crianças, e outros.
Os pais devem ser grandes pesquisadores, buscar, conhecer e entender o que cativa nossas crianças.
“Os filhos, diz o Catecismo, por sua vez, contribuem para o crescimento de seus pais em santidade... Exige-o a caridade de Cristo”
(CIC n. 2227)
Kelly Rolim
Consagrada de Aliança
Comunidade Católica Instrumento de Deus
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