“Alegrai-vos! Exultai de alegria, o Senhor está perto.”
Entendendo um pouco o que é:
Advento é uma palavra de origem latina que significa “chegada, aproximação, vinda”. É o tempo litúrgico que antecede a vinda do Filho de Deus entre os homens e não tem uma data fixa para seu início. Este ano, 2020, teve início em 29 de novembro, no domingo posterior à Solenidade de Cristo Rei do Universo. Seu início marca o começo do ano litúrgico em nossa Igreja. E o seu final depende sempre da Solenidade do Natal. É como um caminho a ser percorrido por todos nós e nos apresenta três personagens que ajudam nesta caminhada. Isaías, que com sua profecia, prenuncia “O que há de vir”. João Batista, que é a “Voz que clama no deserto”. Maria, “A Mãe que acolhe o chamado de Deus e doa seu Filho ao mundo”. A liturgia deste tempo nos leva a bem viver esta caminhada, para que, sobretudo, a fé quanto à espera do Salvador que vai nascer, seja renovada.
Vivendo a Espera em oração:
Nesta caminhada, a liturgia nos ajuda a meditar e nos questiona. Qual é a novidade de vida que esperamos? Em quem colocamos a nossa esperança de Salvação? Esperamos que essas graças nos venham de Deus ou dos líderes políticos, da tecnologia, da ciência, do ser humano? É um tempo de despojamento, em que até a igreja (templo) se veste de roxo, para que tenhamos a oportunidade de meditar mais profundamente sobre os textos e reflexões que nos são apresentados. Essa cor, no advento não significa penitência, mas um recolhimento, uma purificação da vida pela justiça e pela verdade, preparando os caminhos do Senhor. E, vem acompanhado do sentido de um recolhimento que alimenta uma esperança. Há uma riqueza nas mensagens da liturgia, que levará a todos que se abrirem a acolher o que a Palavra propõe, encontrarem também um sentido maior para a vida. Quando acolhemos a palavra que vai nos conduzindo, fazemos uma revisão de vida. É uma oportunidade de rever os sonhos, projetos, expectativas e ficarmos mais atentos, para permitir que ao chegar o Natal, tenhamos não só a graça dos dons temporais, que muitas vezes virão através da figura do Papai Noel, mas nos empenhemos para ter em nossos lares e famílias, principalmente a chegada do “Pobrezinho, nascido em Belém”, Filho de Maria, nosso Deus e Salvador! A Pedagogia contida nos símbolos do Natal: Árvore de Natal - É uma tradição que teve origem nos países do norte da Europa. O Pinheiro e o Abete, são as árvores usadas, pois, se mantém sempre verde, sinal da vida que não morre.
Dom Armando Bucciol, quando era Presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB, em 2017 instruiu as famílias e a Igreja, ressaltando que “há todo um sentido pedagógico e espiritual na Árvore de Natal e em sua montagem no seio das famílias. Enquanto se arruma a árvore, é importante ajudar as crianças a compreenderem essas histórias, evidenciando a riqueza do simbolismo da Luz que é Jesus. Uma árvore sem Jesus seria como uma lâmpada queimada. Junto à árvore, construa-se também um Presépio, cuja tradição dá um sentido mais explicito ao Natal dos Cristãos”, diz Dom Armando Bucciol.
Ouçamos o grito do profeta que nos convida: “Convertei-vos!” Estejamos de prontidão para recebermos em nossos lares e em nossas vidas, o Senhor e Salvador Jesus Cristo.
“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. Ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” — Isaías 9:6.
Célia Regina Alcântara
Vocacionada do Encontro
Comunidade Católica Instrumento de Deus
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